DITADURA? Jovens de Paulo Afonso são espancados por policiais militares, advogado das vitimas vai acionar os policiais envolvidos na justiça.

 Jovem Natan e as marcas do espancamento.

Na tarde da última quarta-feira (14), a família de dois jovens procurou a Delegacia de Polícia de Paulo Afonso para denunciarem agressões por parte de Policiais Militares. Natan e Rafael dizem que foram agredidos com chutes, murros e que ainda tiveram seus cabelos cortados por uma faca.

Compareceram na 18° Coorpin, Natan Caíque Daniel de Alencar Soares e Rafael Lins dos Santos, comunicando que no dia (11) de janeiro por volta das 12h30min, estavam rodando com uma moto no Bairro Siriema III e que foram avisados por populares que a Polícia Militar estava fazendo blitz.

Assim, os jovens guardaram a moto em um galpão, já que o proprietário da moto não possuía CNH (Carteira Nacional de Habilitação), os jovens alegam ainda que os Policiais Militares Félix, Alan Jorge e José Ciriaco, desceram da viatura e passaram a agredi-los fisicamente, com chutes, murros e que bateram com a toufa, deram tiros próximo ao ouvido de um dos jovens e que em seguida os policiais militares levaram os dois jovens na viatura a um local próximo ao Povoado Açude e que lá após mais uma seção de espancamento, cortaram o cabelos das vítimas com uma faca e que após a tia de Natan Caíque que é também policial militar ter mantido contato telefônico com os citados policiais Militares, eles levaram os jovens para suas residências, aonde apreenderam a moto e apresentaram os jovens na Delegacia.

 Rafael também foi vitima das agressões dos PMs.

Segundo informações da familia, uma das vitimas passa por problemas de saúde após as agressões, ''ele (Natan) tá urinando e defecando sangue'', ele está muito debilitado afirmou um dos familiares das vitimas.

A todo momento o Pai de uma das vitimas do espancamento se mostrou revoltado com a situação, ''é inadmissível o que fizeram com meu filho, irei tomar todas as providências possíveis para que não mais aconteça este tipo de absurdo''.

A família além de fazer o Boletim de Ocorrência, procuraram o 20º Batalhão de Policia e denunciaram os PMs na corregedoria e já acionaram o advogado Clécio da Silva, OAB/PE-34957, que vai entrar com uma representação junto ao Ministério Público contra os agressores.