Lula afirma que Brasil crescerá acima de 4,5% em 2010



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que o Brasil crescerá acima dos 4,5% em 2010, depois de as expectativas do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontarem para um crescimento de 0,2% a 1,2% neste ano.

Em ato falho, Tesouro fala em alta de 10% do Bolsa Família
"Bolsas família" estaduais atingem 805 mil no país
Ministro Paulo Bernardo confirma reajuste no valor do Bolsa Família para setembro
Bolsa Família é responsável por 3% dos votos de Lula em 2006, diz estudo

Para Lula, a economia brasileira, junto da chinesa, é a que está se recuperando "com maior vigor" frente à crise. "De todos os países do mundo, de todos, China e Brasil são os dois países que estão em melhor situação. A economia brasileira está se recuperando. Temos os pés no chão, mas os sinais são para um crescimento superior a 4,5%", disse Lula.

Em cerimônia de formatura de turmas do Plano Setorial de Qualificação e Inserção Profissional para o Bolsa Família, em Belo Horizonte, Lula deu como exemplo para sustentar sua afirmação o aumento na atividade do setor automotivo e o aumento de 30% nas vendas de eletrodomésticos no primeiro trimestre.

"A máquina de lavar roupa é a maior independência das mulheres", disse o presidente em referência à "invulnerabilidade" do setor da linha branca no período de crise.

Em documento divulgado nesta quinta-feira, o Ipea informou que a revisão dos dados da economia brasileira para 2009 se deve à surpresa com o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) divulgado pelo IBGE no começo de junho.

"A motivação para a mudança foi o resultado inesperado, para nós, do PIB do primeiro trimestre de 2009. Esperávamos que a economia crescesse 0,1% ou ficasse estagnada, mas houve uma queda, relativa ao trimestre anterior, de 0,8%", disse João Sicsú, diretor do Ipea.

Sicsú disse esperar que, depois da queda no PIB registrada no último trimestre de 2008 e no começo de 2009, haja uma recuperação. Para os últimos três trimestres do ano, o instituto prevê uma expansão de, respectivamente, 2%, 2,3% e 2,4%.

Fonte: Folha online.