Câmara aprova afastamento do prefeito de Itaparica


A Câmara de Vereadores de Itaparica decidiu ontem pelo afastamento do prefeito Vicente Gonçalves da Silva (PSDB). Por unanimidade, com oito votos a favor e uma abstenção, a Casa Legislativa do município aprovou o pedido de afastamento por um prazo de até 90 dias, período em que serão apurados os desmandos denunciados pela população. Parlamentares e munícipes acusam o prefeito de realizar mais de 400 contratações ilegais e que não cabiam na estrutura administrativa.

No município, o clima era de tensão. Aliados do prefeito tentaram impedir que o vice pastor Raimundo (PMDB) tomasse posse. Parlamentares e policiais militares tentaram negociar com o genro do prefeito, Ruiter Dourado - que se apresenta como advogado do gestor. Na cidade ninguém dava notícias do prefeito. Segundo vereadores, Dourado, que ocupa o cargo de procurador do INSS e advoga irregularmente, pois responde a processos por corrupção na instituição, tentou evitar o ato de posse do prefeito “Essa é uma ação arbitrária, pois ele não pode advogar em nome do prefeito pelo fato de estar responden- do a processos por corrupção no INSS”, disse um dos vereadores.

A principal razão pela saída do gestor público é a infração política administrativa na forma do Artigo 250 do regimento interno. Conforme a presidente do PMDB de Itaparica, Gonçalves vem cometendo uma série de desmandos. “Além dessas irregularidades, ele abandonou a Marina de Itaparica. O município está em situação descaso. Isso justifica o afastamento aprovado até pelos vereadores de seu partido”. Diante do clima de tensão que se encontra em Itaparica, o deputado Leur Lomanto Jr. , líder do PMDB na Assembleia Legislativa, entrou em contato ontem com o comando da Polícia Militar da Bahia para pedir reforços policiais no município.

No momento, aliados resistem a entrega das secretarias e tentam impedir a posse do vice- prefeito, pastor Raimundo(PMDB). Por unanimidade, ontem, a Câmara composta por nove vereadores aprovou a decisão pelo afastamento do prefeito Vicente Gonçalves (PSDB), por um prazo de 90 dias. Durante esse período serão investigados atos de desmandos, como cerca de 400 contratações irregulares.

Fonte: Tribuna da Bahia.