O DESEMBARGADOR E A MORTA DE CANDEIAS


O que o afastamento do desembargador Rubem Dário tem a ver com a doação da morta em Candeias? Aparentemente nada.

No entanto, os dois assuntos se ligam através de um personagem, pivô dos dois casos. William Jorge Monteiro Marques, que confessou ter falsificado a assinatura da mãe falecida num financiamento de campanha a Maria Maia (PMDB), prefeita de Candeias, foi o intermediário e lobista do imbróglio que afastou o magistrado.

William foi quem intermediou o pagamento da suposta dívida da prefeitura de São Francisco do Conde ao Hospital São Rafael, em 2006, refrega que levou à decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra Rubem Dário.

Ele perdeu o cargo pelo menos até o final das investigações.
Até lá, deixa de ter privilégios como carro oficial, motorista e acesso ao gabinete no TJ.

Na ocasião da fraude, os cofres públicos do município sofreramumrombo de R$ 1,6 milhão, de acordo com o Ministério Público Estadual (MP), o que resultou em mandadosde prisões preventivas, inclusive para o ex-prefeito da cidade, Antonio Pascoal. Do total desviado, sabe-se apenas o destino de R$ 345 mil: a conta da esposa de William, Hortência Maria da Encarnação Batista. De acordo com depoimento dele ao MP, o valor diz respeito ao pagamento pelo serviço de cobrança da dívida.

Fonte: A Tarde.