PMDB quer bloco único de oposição.


Em meio a todos os rumores de que o senador César Borges (PR) trabalha pela unidade da “oposição” no Estado (leia-se do ex-governador Paulo Souto e do ministro Geddel Vieira Lima), os peemedebistas confirmaram ontem à Tribuna da Bahia que a possibilidade de união com os republicanos, mais os partidos que fazem oposição ao governador Jaques Wagner (PT), em prol da formação de um bloco na Assembleia Legislativa da Bahia, é mais que latente.

De acordo com o líder do PMDB na Casa, Leur Lomanto Júnior, “nós estamos conversando muito, no sentido de formarmos um bloco único. No âmbito do PMDB, posso assegurar que todos estão simpáticos a essa ideia e o PR também demonstra que é de acordo. Acredito que devemos chegar a um consenso o quanto antes”, destacou Leur, complementando que já existe uma estratégia traçada, onde os líderes se sucederiam em sistema de rodízio.

Contudo, Leur faz questão de deixar claro que trata-se exclusivamente de “um jogo do parlamento” e nada tem a ver com as eleições de 2010. “Almejamos com isso uma forma de atuar de forma independente e com mais força, mas diz respeito apenas ao jogo político dentro da AL. Fora, cada um seguirá o caminho que achar mais conveniente. Nós do PMDB, por exemplo, não temos dúvidas que apoiaremos o projeto político do ministro Geddel Vieira Lima, que está na briga pelo governo estadual”.

O senador César Borges, presidente regional do PR, por sua vez, embora não confirme, também não descarta a probabilidade de se aliar ao ministro. “Ainda é cedo. Não vejo necessidade hoje de dar minha opinião. Não me sinto pressionado, mas estou conversando, sim, com o ministro e o PMDB”.

No entanto, segundo circula nos bastidores políticos, o objetivo de Borges é unir os dois nomes e acredita mesmo ser capaz de fazer isso ainda no primeiro turno ou, se a estratégia revelar-se impossível, no segundo. Para isso, levou nos últimos dias toda a bancada estadual a assinar um documento concedendo ao PR o direito de aliançar-se com os demais partidos da oposição na Casa – DEM, PMDB, PSDB, PTN e PSC.

O fato, na prática, viabilizaria a formação do bloco da minoria na Assembleia. Juntos, os partidos teriam 31 deputados, um a menos do que a metade de todos os parlamentares estaduais. “Mas, os deputados do PR ficarão livres para votar como quiserem. Simplesmente, não posso entrar na consciência de cada parlamentar”, concluiu.

Fonte: Tribuna da Bahia.