É normal e corriqueiro que ao iniciar o mandato o prefeito que entra suspenda contratos e obras do governo anterior para após uma avaliação da situação tomar as providências para sua retomada. Ocorre que aqui em Paulo Afonso, ao menos uma obra ficou emperrada. A obra da construção das passarelas da ponte de acesso a ilha, iniciada na gestão Raimundo Caires foi paralisada e nenhuma satisfação foi dada a população, a não ser uma vaga promessa de construção de uma nova ponte, cuja construção se vier a acontecer, presumo, não implicará na demolição da já existente. Assim sendo, por que o trabalho de ampliação da ponte foi paralisado? Existiam irregularidades no processo? O projeto era inviável? Quais os motivos para a suspensão dos trabalhos?
Essas dúvidas precisam ser esclarecidas, pois tenha certeza os problemas que motivaram a obra de ampliação da ponte continuam existindo. As crianças continuam passando na ponte na volta da escola e correndo muitos riscos, quando um carro quebra o trânsito para, e basta um pequeno descuido para acidentes acontecerem já que a pista é muito estreita.
Parece até que o prefeito não conhece a cidade que governa, pois não compreende as necessidades da população. A ponte estrangula o trânsito e coloca vidas em risco, e pode ainda, caso ocorra qualquer acidente, por menor que seja, deixar a cidade isolada.
É verdade que a ampliação iniciada e não concluída, era um paliativo. A cidade precisa de mais uma ponte, e é preciso buscar recursos para construí-la, mas uma ação não neutraliza a outra. Não concluir os serviços de ampliação da ponte é um absurdo e remete ao prefeito a total responsabilidade pelo que ali ocorrer, ele não terá desculpas para dar, pois tem mais de um ano de governo e não deu solução nem explicou os motivos da suspensão das obras, apenas deixou o dinheiro público ser corroído pela ação do tempo.
Pergunto-me? Por onde andam os bajuladores que se utilizavam dos microfones da “rádio do jornalismo de esgoto” (Rádio Bahia Nordeste) como a apelidaram os blogueiros, que durante todo o tempo no governo passado apontavam os problemas em cada canto da cidade, falavam tanto da ponte e agora deixam tudo como está. Parece que o ditado que diz que “macaco não olha para próprio rabo” se torna bastante apropriado neste caso.
Por Brito Ferreira.