RÁDIO DO JORNALISMO DE ESGOTO.


Nós lutamos por democracia, por liberdade de expressão, por igualdade de direitos, lutamos contra a ditadura para defender e garantir o direito a liberdade. Inclusive à liberdade de imprensa.

Ocorre que por todo o país e até mesmo aqui em Paulo Afonso, por trás da capa da liberdade de imprensa, passou se a praticar a liberdade de caluniar. O processo teve inicio, no nosso caso especifico, com a Rádio Bahia Nordeste, que seguia a cartilha da Rede Bahia, empresa de ACM. Aliás, a RBN foi criada com o objetivo explicito de servir de instrumento para ajudar o PFL local a chegar ao poder. Foi um presente de ACM (então Ministro das Comunicações) aos seus aliados de Paulo Afonso.

Desde sua fundação até os dias de hoje essa emissora não fez outra coisa a não ser distorcer os fatos, transformando mentiras em verdades absolutas, com o único e especifico objetivo de destruir os adversários do grupo político que lhe deu vida. E isso foi reconhecido publicamente, quando o seu diretor utilizando os microfones da emissora, revoltado com o tratamento que o seu (Ex/) líder político dera a um episódio envolvendo a tentativa de cassação do ex-prefeito, na ocasião revelou fatos do passado e deixou claro que sempre usou a emissora como um instrumento daquele grupo político.

Antes que alguém me chame de ingênuo é bom deixar claro que eu sei perfeitamente que não existe imprensa imparcial, todo mundo tem seu lado e pende para ele. Mas é necessário praticar o bom jornalismo, promover o debate, o confronto de idéias, é preciso mostrar os dois lados da moeda, sem se omitir, mostrar os fatos sem subterfúgios, sem enganação, e expor a suas posições sem mascarar, sem dissimular.

O pior é que a RBN, classificada como a emissora do “jornalismo de esgoto” pela oposição no município fez escola, e agora alguns proprietários de sites oriundos dessa escola (alunos ou professores?), agem tal e qual, e usam os mesmo artifícios, as mesmas técnicas para distorcer a verdade e espalhar a mentira. Enganam os seus leitores como a rádio engana os seus ouvintes, tornam público aquilo que lhes é conveniente e escondem o que lhes desagrada ou fere seus interesses, sejam eles políticos ou financeiros, e ainda de forma covarde não costumam permitir a quem é atingido pelas calúnias, o sagrado direito de resposta.

Esse caminho fácil, de jogar lama e manchar o nome de pessoas honradas, ao mesmo tempo em que encobrem ou se omitem quando fatos verdadeiros acontecem, piora quando se abre espaço nos sites e nas emissoras para comentários, sem que seus autores precisem se identificar, isso transforma os comentários em verdadeiras armas, pois protegidos pelo anonimato os internautas e/ou ouvintes das emissoras atacam sem dó nem piedade a honra de qualquer um.

Tem que se permitir a participação dos internautas e dos ouvintes, mas deve-se exigir a sua identificação, para assim proteger pessoas inocentes daquele que é mal intencionado.

A liberdade de expressão caminha junto com a responsabilidade, eu posso e devo cobrar, eu posso e devo reclamar, eu posso e devo criticar, eu posso e devo denunciar, mas eu não posso e não devo usar a liberdade de me expressar para sem provas, acusar, ofender ou denegrir a imagem das pessoas.

É preciso lembrar que o meu direito termina onde começa o direito do outro.

Por Noticias do Sertão.