JORNALISTA É ESPANCADO POR GUARDAS MUNICIPAIS POR FAZER DENÚNCIAS DO PREFEITO DE SUA CIDADE.


O jornalista Gilvan Luiz Ferreira sentiu na pele, ou melhor, no corpo inteiro, o que se costuma chamar de tentativa de intimidação Na imprensa.

No dia 20 de maio, em Juazeiro do Norte (CE), ele foi sequestrado, amarrado e levado a um local deserto, onde passou por sessão de chutes, socos e coronhadas de revólver. Na semana passada, a polícia identificou dois agressores. Para espanto geral, são guardas municipais. E, mais espantoso ainda, são também seguranças do petista Manoel Santana, prefeito da cidade.

Gilvan Luiz é o idealizador do jornal Sem Nome, que tem se dedicado a denunciar as falcatruas do prefeito. "Ouvia que, se não tomasse cuidado, algo iria me acontecer", diz. E aconteceu, segundo ele, de onde mais se esperava: "Não tenho dúvida de que o prefeito é o mandante de tudo". Apesar de já ter identificado os agressores, a polícia afirma que ainda é cedo para apontar a mando de quem os guardas municipais agiram.

O delegado de Polícia Civil de Juazeiro do Norte, Levi Leal, espera concluir a investigação do sequestro seguido de tortura do jornalista Gilvan Luiz apontando o mandante desse crime. Após apontar os seguranças do prefeito Santana - os guardas municipais Cícero Sampaio e Resilânio dos Santos -como os autores da tortura, Leal se prepara para responsabilizar o chefe da segurança do prefeito Santana, sargento da Polícia Militar Vasconcelos, como o mandante pelo crime.

O indiciamento do sargento Vasconcelos como o mandante ainda não foi determinada porque o delegado Levi Leal precisa de apoio do Poder Judiciário de Juazeiro para determinar a quebra do sigilo telefônico e de outras provas que possam atestar que Vasconcelos agiu por conta própria ou havia mais alguém no comando dessa cadeia do crime.

Comentário: Na Bahia e Paulo Afonso em especial se isso acontecer não será novidade, e pode ser mais rápido do que se imagina. Aqui virou terra sem Lei, e quem falar contra os “poderosos” são ameaçados, só que na Bahia o jornalista que não fizer o que os “poderosos” querem e mandam, ficam sem patrocínios, e sem “jabá” e correm o risco de não ter a mesma sorte do jornalista cearense, Gilvan Luiz, com indícios de espancamento por “capangas” de um prefeito petista.

Fonte: Jornais do Ceará e G1 e imprensa nacional.