OS HOMENS DE PRETO.


Quem vai assistir à sessão na Câmara de Vereadores de Paulo Afonso sente um confuso misto de proteção e insegurança. Tudo isso porque mais de seis policiais da guarda municipal ficam de plantão na porta da câmara desde o início ao final da sessão. Além disso, quatro seguranças a paisana ( todos de palitó preto) fazem a seleção de quem pode ou não adentrar na Câmara.

Na última terça-feira (08) a equipe do Pura Política esteve na cidade e presenciou algumas das abordagens feitas por esses "seguranças". O Jornalista Márcio Omena foi barrado e impedido de entrar com a alegação que é uma ameaça para a tranqüilidade da sessão. A princípio ele foi chamado no canto para conversar. Como o jornalista se recusou "conversar as escondidas", os seguranças foram obrigados a falar em alto e bom som que não deixariam entrar. Indignado, Márcio questionou porque ele não poderia assistir a sessão e soube que é ordem do presidente da Câmara, Antônio Alexandre.

Mas os "Homens de Preto" não pararam por aí. A nossa equipe flagrou o Líder Comunitário Zé Carlos sendo barrado. Quando “questionamos porque isso estava acontecendo, um dos “seguranças” rebateu nossa pergunta dizendo” Vocês não vão entrar?”“. E nada foi explicado a respeito.

Ao final da sessão, já fora do Câmara, Márcio Omena e o presidente Antônio Alexandre ficaram frente a frente. Indagado porque o jornalista foi impedido de entrar na Câmara, o presidente respondeu que o Márcio Omena o desacatou e que diante disso, de acordo com a justiça, Omena deveria ser preso. Após dar a sua justificativa, o presidente seguiu para seu carro, escoltado da guarda municipal.

Diante dos fatos fica a dúvida: Que segurança está envolvida nesse caso? A segurança patrimonial, a segurança da ordem ou a segurança dos interesses?

Por Aline Braga do Pura politica.