Cachaça baiana vendida no Centro de Cultura de Paulo Afonso não passa por controle de qualidade.


Segundo turista que não quis se identificar e visitou a cidade de Paulo Afonso no início de junho, a cachaça adquirida por ele no Centro de Cultura da cidade é uma farsa. A garrafa de Aguardente de cana Pau do Índio que foi comprada por R$ 6 na feira organizada pela Secretaria de Cultura de Paulo Afonso não possui no rótulo informações exigidas legalmente como gênero alimentício.

“Poxa... A bebida não tem cheiro de cachaça e o sabor é de mistura de álcool e água. Estou me sentindo enganado, já que não posso recorrer ao fabricante do produto. Não há nenhuma informação no rótulo da garrafa”, denunciou o turista.

A Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte, responsável pelo Centro de Cultura de Paulo Afonso foi procurada pelo Pura Política. A diretora do Departamento de Cultura, Glória Lira, questionada sobre a origem e processo de fiscalização dos produtos vendidos nas feiras da cidade, afirmou que não pode responder por estas indagações, pois não tem o controle de todos os produtos comercializados na região.

De acordo com a diretora, existem duas associações que cadastram e organizam os comerciantes artesanais. “Eu trabalho diretamente com os artesãos locais, não tenho controle nem autonomia para fiscalizar todos os produtos artesanais vendidos na cidade. Acredito que esta aguardente pode ter sido fabricada em outro Estado e vendida aqui”, se defendeu a diretora.

A partir das declarações de Glória Lira, se pressupõe que o conteúdo dos produtos artesanais comercializados nas feiras espalhadas pela cidade de Paulo Afonso não passa por nenhum controle de qualidade. As feiras artesanais são atividades lucrativas organizadas por representantes impotentes para tomar qualquer atitude.

Redação com informações do Pura Politica.