Está previsto para acontecer em Paulo Afonso um debate sobre ações de combate à desertificação.

Usar espécies nativas da flora regional do Semi-árido para alimentação de caprinos e ovinos e fazer o plantio de sementes crioulas, derivadas dos cultivos tradicionais, sem uso de agrotóxicos. São algumas das vivências apresentadas por representantes de comunidades do semi-árido baiano, durante oficinas promovidas pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), autarquia da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, visando à elaboração do Plano Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAE-Bahia).

Os encontros fazem parte do Programa Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAE-Bahia). Além da formulação do Plano, o evento busca socializar, discutir, consolidar e legitimar as propostas e ações positivas que são desenvolvidas pelas comunidades na região do semi-árido baiano para combater ou reduzir os efeitos da seca.

Com o mesmo objetivo, o Ingá já realizou encontros em Guanambi (16 a 18/06) e em Irecê (13 a 15/07). Para o encontro de Paulo Afonso estão convidados a participar diretamente, inclusive apresentando contribuições, membros da sociedade civil organizada, comunidades indígenas, do Comitê da Bacia Hidrográfica Itapicuru, do Colegiado do Território do Semi-árido Nordeste II, além de representantes de órgãos municipais, estaduais e federais, dirigentes de entidades do setor produtivo, da comunidade científica e de outros segmentos regionais.

No final da oficina de Paulo Afonso, os participantes deverão eleger dois representantes, um titular e suplente, para compor o comitê gestor do PAE-Bahia, como aconteceu durante os encontros de Guanambi e Irecê.

Na pagina, http://www.comunicacao.ba.gov.br, deixa bem claro que o evento acontecerá dos dias (27 a 29/07), na cidade de Paulo Afonso, e terá como foco dos debates as experiências populares vivenciadas por representantes da comunidade local. Fato que nos causou estranheza é que até o presente momento o município, ou seja, a assessoria de comunicação não deu publicidade a esse evento de extrema importância para Paulo Afonso e Região.

Lembro-me que na ocasião dos preparativos para a segunda conferência nacional de Meio Ambiente, foi dado ênfase a esse tema que já representava uma ameaça grave em especial a nossa caatinga. A pergunta que não quer calar. Qual o local que será realizado esse evento?

Geraldo Alves, com informações do http://www.comunicacao.ba.gov.br