Geraldo Alves: Não devo mais ser candidato a nenhum cargo eletivo.


Iniciei na militância social ainda adolescente e aos (18) anos, ingressei na militância político partidária desde então sempre me deparei com uma série de impedimentos mais como nunca abandonei a luta, nem tampouco desisti.

Até os dias atuais resisto bravamente, pois sei que o meio político não é nada fácil mesmo não compactuando com muita coisa, vez ou outra acabo sendo apontado, por esse ou aquele. Talvez os momentos que eu possa elencar como mais complicados em minha trajetória política seja durante a gestão do então prefeito Raimundo Caíres (ex-PSB).

Fui presidente de um partido político o (PCdoB) durante altos e baixos da gestão em questão, a frente do partido nossa meta a ser alcançada era o crescimento da sigla que até então estava a serviço de outra sigla o (PT). Queríamos desconstruir esse vinculo “umbilical” e de “subserviência” do PCdoB com o PT a nível local, embora não fosse uma tarefa fácil.

Criamos nossa própria identidade partidária e aos poucos com muita audácia e ousadia não perdia-mos uma oportunidade sequer de panfletar em tudo quanto era evento de posse sempre do Jornal a Classe Operaria, que a nível nacional noticia mensalmente as principais bandeiras defendidas e conquistas do PCdoB. Abordo ainda de copias de fichas de filiação partidária que por muitas vezes chegamos a filiar pessoas dentro do ônibus, nas ruas e em tudo quanto era lugar.

Começava uma caminhada vitoriosa e promissora onde o partido ganhava vôos regionais vindo a nasce em municípios como Glória, Santa Brígida, Rodelas, Macururé e Pedro Alexandre. Em 2006, os que formavam a linha de frente do partido (Geraldo Alves – Presidente, Claudio Souza – Vice-Presidente e Denise Ribeiro – Secretaria Geral) tivemos o primeiro teste para medir a eficiência ou não de todo aquele esforço, diante as urnas que na oportunidade apresentamos o candidato a reeleição a câmara federal o deputado Daniel Almeida.

Nossa metodologia de campanha continua sendo com a cara e a coragem, acredito que nem mesmo o candidato acreditava que fossemos conseguir transferir algum voto para ele. O fato é que até o material só chegou a nossas mãos as vésperas da eleição, enquanto isso nos improvisava-mos do jeito que dava sempre com caneta e papel na mão escrevíamos o nome e o número de nosso candidato, tínhamos também o boletim informativo do mandato que passou a ser uma ferramenta a mais no trabalho de apresentação de nosso candidato. O resultado disso foi 300 votos.

A parti daí começamos a construir-mos o sonho de pleitear uma cadeira na câmara municipal de Paulo Afonso enquanto isso os municípios vizinhos também foram se organizando nesse sentido. Hoje o partido tem o prefeito da cidade de Rodelas e um vereador e também o vereador e atual presidente da câmara de Paulo Afonso. No fim do ano de 2009, resolvi me desligar oficialmente do partido, renunciando a função de presidente e pedindo baixa de minha filiação partidária.

Cheguei a ser assessor parlamentar do vereador Daniel Luiz e logo após do então deputado estadual Edson Pimenta. Tenho recebido apoio de muitos populares para pleitear novamente uma vaga a câmara municipal, no atual momento político que vivi nosso município estou chegando a conclusão que infelizmente não devo mais ser candidato a nenhum cargo eletivo.

Estamos a pouco mais de um ano para o pleito municipal e não temos ainda um nome definido para fazer frente a essa gestão desastrosa que hora se encontra a frente dos rumos de nosso município. Essa inércia é digna da omissão coletiva dos agentes políticos de oposição que sequer chegam a um consenso e com isso fortalecem o desastroso gestor em exercício.

(PROCURO FAZER SEMPRE MEU PAPEL DE CIDADÃO, INDEPENDENTE DE SER CANDIDATO OU NÃO).

Geraldo Alves - Não Foge a Luta. http://jornalgentejovem.blogspot.com