POLÊMICA: Homem que se relaciona, pratica relação afetiva ou sexual com pessoa do mesmo sexo não é considerado homossexual diz estudo.

 Estudo revela que Gays não se consideram homossexuais.

Estudo acadêmico pioneiro revela que muitos dos envolvidos nesta prática, ao contrário do que se pode imaginar, não se consideram homossexuais.

A dinâmica das Interações Homoeróticas dos Sanitários Públicos da Estação da Lapa”, tese defendida pelo mestre em antropologia baiano Tedson Souza, o estudioso revela que em entrevistas feitas com homens que praticavam sexo em banheiros da Estação da Lapa, em Salvador, não há a convicção de que se trata de interações homossexuais.

Tedson revela que entrevistou mais de 20 homens e que estes se consideram heterossexuais que por algum motivo precisam esconder sua orientação sexual. Em sua maioria, os entrevistados eram casados e possuíam vinculações com algumas religiões. A existência deste grupo social é reconhecida pelo Ministério da Saúde, que criou para eles uma nomenclatura e um serviço de prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis.

O órgão usa a nomenclatura HSH, que significa ‘Homens que fazem Sexo com outros Homens’. A sigla foi adotada porque quando originalmente destinada para homossexuais, não traduzia com exatidão a situação retratada pelo ministério, uma vez que estes homens não se vêm como homossexuais. Outros dados interessantes que estão na tese de Souza são relativos à idade dessas pessoas, que varia de 18 a 70 anos.

Já o local das interações sexuais (Estação da Lapa) acusa a condição financeira mais humilde dos indivíduos que são objetos do estudo. De acordo com a tese, trata-se de homens da classe trabalhadora, estudantes, trabalhadores de shoppings próximos da Estação e do comércio informal.

Como forma de provocar a sociedade, Tedson Souza propõe uma reflexão sobre os motivos que corroboram para o ato sexual em público e principalmente, a conseqüência violenta disso.

Como solução, ele cita a construção de um clube para a prática de sexo na cidade, Além disso, lembra também a necessidade de se desmitificar as diferenças entre ato violento ao pudor e ato obsceno.