Administração da Chesf em Paulo Afonso esclarece sobre Hospital Nair Alves de Souza e Turismo, mas não explica mortes de Bebês e caso Aureliano.


Em entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira, na Administração Regional da Chesf em Paulo Afonso e da qual participaram o jornal Folha Sertaneja, o PANoticias e a Rádio Bahia Nordeste, o Administrador Regional de Paulo Afonso informou sobre ações da Chesf em relação ao Turismo e ao Hospital Nair Alves de Souza neste município, os dois temas que foram abordados nesse encontro do Administrador Regional e assessores com a imprensa de Paulo Afonso.

Sobre o turismo, o Administrador da Chesf, Augusto Cézar, informou que a empresa "tem mantido contatos com a Secretaria de Turismo do Município e adotado procedimentos que têm trazido benefícios para a comunidade local, especialmente para os agentes de viagens e guias de turismo, como aconteceu recentemente com o Moto Energia.

Ao deixar de assumir a organização das visitas e de disponibilizar funcionários da empresa para atuarem como guias, a Chesf deixou que o município passasse a gerir esta área, mantendo a sua participação como apoio. E, pelo que chega ao nosso conhecimento, os resultados foram muito bons para o município de Paulo Afonso".

Sobre um dos maiores atrativos turísticos dentro do Complexo Hidrelétrico, o Bondinho, Augusto Cézar, informou que "como já foi divulgado pela imprensa, houve uma ruptura de pedaço da rocha da base do morro do Teleférico, onde está montada a estrutura do Bondinho e a Chesf precisou fazer um estudo técnico, com empresa especializada, para detectar se esse problema poderia comprometer a manutenção desse serviço.

Foi feita uma licitação no valor aproximado de 1,5 milhão de reais e contratada empresa especializada em geologia para a realização do trabalho. Com cerca de 70% do trabalho realizado, a empresa desistiu do serviço e nova licitação está em andamento para a sua conclusão.

Estimamos que até o meio do próximo ano o Bondinho esteja novamente atendendo aos turistas. Ainda não está concluído o estudo sobre a forma como esse serviço será prestado à comunidade, se através da atuação do poder público ou empresa privada, mas a Chesf deverá continuar apoiando, inclusive com a realização da manutenção periódica do equipamento. Isso será informado à imprensa e aos órgãos de turismo de Paulo Afonso ao longo do processo, até a sua conclusão."

Outro assunto apresentado pela Chesf, e que mereceu muitos questionamentos da imprensa, foi a situação do Hospital Nair Alves de Souza, que tem merecido sempre muito espaço na mídia e na Câmara de Vereadores.

Sobre a denúncia do vereador Luiz Aureliano que a partir de 2015 a Eletrobrás não mais alocaria recursos para o HNAS, o Administrador Augusto Cézar esclareceu que "a Chesf tem acordado com a UNIVASF que esta universidade estará absorvendo todas as atividades do HNAS em dois anos, até 2015. Entretanto, em toda a sua história, a Chesf tem mantido o hospital com mais de 88% com recursos próprios, pois a única receita é a do SUS. E, se até 2015 a Univasf não absorver a plenitude do HNAS é certo que a Chesf não vai fechar as portas do HNAS abruptamente negando o atendimento à comunidade regional.

A parceria com a UNIVASF é muito sólida, os entendimentos vêm sendo feito a partir de uma Comissão com dois representantes da Chesf, que são Augusto Cézar, da APA e Carlos Aguiar, chefe do Gabinete do Diretor Administrativo e dois representantes da UNIVASF. Para agilizar algumas ações desta Universidade a Chesf tem cedido espaços de suas instalações para que a Univasf possa adiantar projetos como o vestibular para o Curso de Medicina que deverá acontecer ainda no início de 2014".

Augusto Cézar também esclareceu sobre boatos que davam conta que a partir do final de junho o HNAS corria o risco de não atender mais porque a empresa Pressau que administra o contrato dos médicos não teria mais interesse em continuar com esse serviço.

"De fato, a Pressau encaminhou documentação à Chesf dando conta de que não mais tem interesse em continuar administrando o contrato dos médicos. Por esse motivo, e considerando que é uma área em que não se pode ter a interrupção do serviço, a Chesf já providenciou a convocação de várias empresas que apresentaram suas propostas. Uma delas, de acordo com o que regulamenta a Lei 8666/93 já foi escolhida para substituir a empresa que desistiu do contrato.

A nova empresa estará encaminhando a documentação no inicio da próxima semana. Em seis meses a Chesf realizará pregão para a contratação do serviço por outro período. Isso mostra, mais uma vez, a preocupação da Chesf em manter o HNAS atendendo a uma comunidade de 22 municípios de 4 estados, com níveis de desempenho até melhores do que o recomendado pelo Ministério da Saúde".

Da entrevista, participaram Fábio Salvador e Gil Leal, da RBN, Renaldo Carvalho, do PANotícias e Antônio Galdino da Folha Sertaneja. Pela Chesf, além do Administrador de Paulo Afonso, Augusto Cézar, os assessores da APA, Sílvio Camelo, Rafael.Sales e Carla Lima, que passa a gerenciar o HNAS, Rogério, chefe de Serviço no HNAS, Ubirany Luiz, gerente da DRGP e Kildare Monteiro representando da Divisão Jurídica da Chesf.