Protesto contra inspeção durante visita intima gera início de tumulto no presídio regional de Paulo Afonso.
Presidio de Paulo Afonso.
Não há como negar que a troca no comando de qualquer instituição ocasiona mudanças e, consequentemente, há descontentamento por parte de algumas pessoas. Quando se trata da questão segurança, isso se torna ainda mais delicado.
A entrada de entorpecentes e outros objetos em presídios é uma realidade brasileira. Nem sempre há como realizar uma fiscalização rigorosa e esta prática, muitas vezes, foge do controle dos agentes penitenciários.
No Presídio Regional de Paulo Afonso, todas as visitas são inspecionadas. Mulheres de detentos passam por um procedimento. Elas ficam de cócoras e uma agente feminina faz a verificação. Afinal, já houve casos de introdução de droga na vagina.
Contudo, as mulheres que foram visitar seus maridos, companheiros, filhos e amigos, na manhã desta quarta-feira (8), foram surpreendidas com a ordem de se posicionar de “4” para o procedimento de inspeção.
A medida provocou imediata revolta das visitantes que além da humilhação, ainda tiveram que se submeter à revista diante dos filhos menores de idade.
Houve um princípio de tumulto, porém, o impasse foi contornado pela direção, após ter declarado que o procedimento era necessário devido a denuncias de um site local que teria insinuado a entrada de armas no interior do presídio.
A justificativa parece infundada, já que o objeto da vistoria (genitália), com efeito, não acomoda armas. O que a direção do presídio devia se preocupar era com o excesso de contingente “hospedado” naquela unidade prisional.
Fonte: Luiz Brito.