Após um movimento de boicote ao programa federal Mais Médicos feito por associações de profissionais de todo o Brasil, o Ministério da Saúde decidiu enviar informações das fraudes à Polícia Federal para embasar uma futura investigação. A PF tentará descobrir de onde partiu a ordem para que os trabalhadores usassem dados falsos para se inscrever na iniciativa.
De acordo com os registros do Ministério, cerca de mil pessoas se inscreveram diariamente no programa entre os dias 9 e 12 de julho. Logo após, começaram a chegar os registros de inscrições invalidadas por conta de dados falsos ou mal informados. Somente no dia 11, 1900 inscrições foram feitas erradamente.
Após este período, o governo anunciou que a PF entraria no processo de inscrição investigando os dados e, automaticamente, o número de inscrições diários caiu para apenas 280. Entidades que apoiam os médicos declararam oficialmente que nada tinham a ver com as fraudes e que os médicos que assim procederam articularam o movimento pelas redes sociais.